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Alimentação – Como não cair na monotonia?

7 de março de 2017

A alimentação balanceada e saudável na pediatria é imprescindível para um adequado crescimento e desenvolvimento infantil e pode ser dividida em 4 fases:

Recém-nascido até dois anos

O Ministério da Saúde juntamente com a Sociedade Brasileira de Pediatria criaram os dez passos para alimentação saudável:

  1. Dar somente leite materno até os seis meses de idade, sem oferecer água, chá, ou outros alimentos;
  2. A partir dos seis meses, oferecer de forma lenta e gradual, outros alimentos, mantendo o aleitamento materno até os dois anos;
  3. Após os seis meses, dar alimentos complementares (cereais, tubérculos, carnes, legumes e frutas) três vezes ao dia, se a criança receber leite materno e, cinco vezes por dia, se estiver desmamada;
  4. A alimentação complementar deverá ser oferecida sem rigidez de horários, respeitando-se sempre a vontade da criança;
  5. A alimentação complementar deve ser espessa desde o início e oferecida com colher; começar com consistência pastosa (papas e purês) e, gradativamente, aumentar a consistência até chegar à alimentação da família;
  6. Oferecer à criança diferentes alimentos ao dia. Uma alimentação variada é, também, uma alimentação colorida
  7. Estimular o consumo diário de frutas, verduras e legumes nas refeições;
  8. Evitar açúcar, café, enlatados, frituras, refrigerantes, balas, salgadinhos e outras guloseimas nos primeiros anos de vida. Usar sal com moderação;
  9. Cuidar da higiene no preparo e manuseio dos alimentos; garantir o seu armazenamento e conservação adequados;
  10. Estimular a criança doente e convalescente a se alimentar, oferecendo sua alimentação habitual e seus alimentos preferidos, respeitando a sua aceitação.


Nos casos em que o aleitamento materno não é possível, deve-se usar fórmula infantil que satisfaça as necessidades do lactente Segue um guia para introdução dos alimentos complementares:

  • Até 6º mês: leite materno;
  • 6º mês: leite materno e papa de frutas;
  • 6º ao 7º mês: papa principal uma vez ao dia, ovo, suco de frutas;
  • 7º ao 8º mês: papa principal duas vezes ao dia;
  • 9º ao 11º mês: passar para a comida da família gradativamente;
  • 12º mês: comida da família.


Alimentação na fase pré-escolar - três aos seis anos

Nesta idade, é muito frequente escutarmos dos pais que o filho não come bem. Isto ocorre principalmente, porque há uma desaceleração do crescimento pondero-estatural que diminui naturalmente, as necessidades de ingestão alimentar das crianças. Algumas dicas para a alimentação:

  • A criança deve sentar-se à mesa com a sua família
  • As refeições e lanches devem ser servidos em horários fixos, com intervalos de três horas;
  • Doces, bolachas, bolos e balas devem ser oferecidos raramente e apenas como sobremesa ou nos lanches
  • Controlar a oferta de líquidos durante as refeições. O ideal é oferecê-los após a refeição na forma de água ou sucos naturais
  • A monotonia alimentar, sem variações do cardápio é um fator que contribui para a queda do apetite da criança. A alimentação deve ser bem colorida, com varias texturas, formas e disposição no prato de forma atrativa
  • Recompensas, chantagens ou castigos para forçar a criança a comer devem ser evitados, pois podem reforçar a recusa alimentar da criança
  • Quando possível preparar receitas com a ajuda das crianças
  • Controlar ingestão de sal, açúcar e gordura
  • Oferecer alimentos ricos em ferro, cálcio, vitamina A e D, além de zinco, pois são essenciais nesta faixa etária.


Alimentação na fase escolar - sete aos onze anos

O diário alimentar da criança em idade escolar deve acompanhar a rotina da família, conforme a disponibilidade de alimentos e às preferências e aos costumes da família. No mínimo a criança deve fazer três refeições diárias: café da manhaalmoço e jantar. Recomendações:

  • A alimentação deve ser variada, incluindo todos os grupos alimentares, evitando-se o consumo de refrigerantes, balas e outras guloseimas
  • Estimular o consumo diário de frutas, verduras e legumes
  • Restringir o consumo de gorduras saturadas e trans e o sal para evitar hipertensão arterial e doenças cardiovasculares na vida adulta
  • Consumo adequado de cálcio para formação da massa óssea e profilaxia de osteoporose na vida adulta
  • Controle de ganho de peso.


A Alimentação dos adolescentes

Na adolescência, as necessidades nutricionais são influenciadas simultaneamente, pelos eventos da puberdade e pelo estirão do crescimento. Eventos que influenciam o equilíbrio nutritivo:

  • Inicio da transformação puberal;
  • Aceleração do crescimento longitudinal;
  • Aumento da massa corporal;
  • Modificação da massa corporal;
  • Variações individuais quanto a atividade física realizada.


Neste período, também ocorre aumento da densidade mineral óssea, alcançando o pico no final da adolescência e evoluiu gradativamente ate a idade de adulto jovem. A nutrição tem papel fundamental no desenvolvimento físico do adolescente e o consumo de dieta inadequada pode influir desfavoravelmente sobre o crescimento somático e maturação.

Atenção ao aporte necessário de cálcio, ferro e zinco nesta faixa etária

Alimentação inadequada na adolescência pode resultar no desenvolvimento de doenças crônicas como hipertensão arterial, doença arterial coronariana, dislipidemias, obesidade, diabetes e osteoporose. Entretanto o risco dessas doenças pode ser modificado por algumas medidas nutritivas:

  • Aumento do consumo de leite e derivados;
  • Aumento do consumo de legumes, verduras e frutas;
  • Aumento do consumo de fibras;
  • Limitação na ingestão de açucares e gorduras;
  • Estimular uma dieta variada que inclua porções adequadas de cada um dos grupos principais de alimentos.


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